
Taxas do Tesouro Direto caem nesta sexta-feira com dados fracos do setor de serviços | InfoMoney

SÃO PAULO – Com um clima positivo no exterior e dados fracos do volume de serviços em agosto no Brasil, as taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam queda na manhã desta sexta-feira (11), pelo oitavo dia consecutivo.
Em agosto, o volume de serviços registrou um recuo de 1,4% em relação ao mesmo período de 2018, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação foi mais acentuada que a previsão de queda de 0,9%, de acordo com a Bloomberg. Na comparação com julho, a queda foi de 0,2% — o quinto resultado negativo do setor em 2019. No acumulado do ano, o setor avançou 0,5% nos primeiros oito meses.
Os dados econômicos mais fracos dão continuidade aos divulgados ao longo da semana, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou deflação em setembro, e os dados do varejo, que frustraram expectativas. Com uma atividade mais fraca, a curva de juros futuros já começa a precificar a possibilidade de a Selic ceder abaixo de 4,5% ao ano no início de 2020. Na próxima reunião, dia 30 de outubro, as apostas para um corte de 0,5 ponto percentual na Selic, renovando mínima histórica para 5% ao ano, passaram a ganhar cada vez mais força após o IPCA.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que existe a possibilidade de encerramos o ano com uma Selic em 4,5% ao ano e com inflação abaixo da meta, o que abre espaço para a precificação de uma taxa de juros ainda mais baixa pelos investidores.
No Tesouro Direto, o título indexado ao IPCA com vencimento em 2024 oferecia um prêmio anual de 2,45%, ante 2,56% a.a. na abertura de quinta-feira (10). O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.881,48 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 57,62 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).
Os títulos com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais 3,34% ao ano, ante 3,41% a.a. na véspera.
Já o papel com retorno prefixado e vencimento em 2022 oferecia uma taxa de 5,13% ao ano, ante 5,23% a.a. anteriormente, enquanto o retorno do Tesouro Prefixado 2025 recuava de 6,46% para 6,38% ao ano.
Na cena externa, mercados acompanham o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, para tratar da guerra comercial.
Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Baixo risco, liquidez e acessibilidade
O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.
O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.
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